Este empreendimento constitui um dos mais interessantes gavetos da cidade do Porto é composto por três prédios de tipologias diferentes, misturando um magnífico exemplo de arquitetura modernista com a arquitetura apalaçada do início do século XX.
Se localiza junto ao casco histórico cadastrado como Património Mundial da UNESCO, proporcionando assim a vivência de uma cidade vibrante e repleta de memórias.

O projeto de arquitetura foi trabalhado com o intuito de se rentabilizar as áreas permitidas, num compromisso de restauro, reabilitação e ampliação que recupera o delicado requinte dos espaços existentes e introduz todas as funcionalidades contemporâneas, tendo sido feitas escolhas arquitetónicas e de engenharia pensadas de forma a garantir um elevado nível de conforto e funcionalidade, respondendo assim às exigências estabelecidas.

Existe um projeto de licenciamento para a transformação de um edifício de habitação e comércio, estando referido no PIP o seguinte:

– Mantém-se a clareza urbana marcada pela identificação de três corpos distintos, propõe-se demolir parte do miolo do conjunto para a criação de um pátio exterior que permitirá dignificar as condições de habitabilidade O piso ao nível do quarto andar do complexo fará a interligação das fachadas contíguas ao nível de cérceas, diminuindo o impacto visual da fachada de maior altura do edifício contíguo a Nordeste;
– Pretende-se manter os dois pisos de garagem existentes e ampliá-los em profundidade, destinar a frente térrea como parte do piso térreo do palacete central a comércio, e reservar todas as restantes áreas à habitação e zonas comuns de acesso.
– Dado o valor patrimonial do conjunto formado pelos três edifícios abrangidos pela proposta, propõe-se apenas alterações pontuais que, em nosso entender, beneficiam o conjunto na sua coordenação com o programa tipológico proposto.
– Serão mantidas e restauradas as caixilharias existentes no alçado principal assim como todas as caixilharias do palacete de gaveto.
-As coberturas onde irão ficar situados os aparelhos técnicos de climatização ficarão revestidas de tijoleiras de barro à cor telha.
-Optou-se pelo uso de bombas de calor ao invés de painéis solares na procura de minimizar o impacto visual que o elevado número de painéis iria provocar.
A Cave terá acesso automóvel e será constituída por zona de aparcamento com 14 lugares, cisterna e dois hall de interligação às caixas de escadas e elevadores.